Informação Sumária de Arga de Baixo

 

Padroeira: Nossa Senhora da Assunção.

Habitantes: 74 pessoas (I.N.E.2011).

Eleitores Inscritos: 98 eleitores em 05-06-2011.

Sectores laborais: Agricultura, pecuária e construção civil.

Tradições festivas: Nossa Senhora do Rosário (15 de Agosto) e Senhora da Rocha (25 de Julho).

Valores Patrimoniais e aspectos turísticos: Igreja e cruzeiro paroquial, Capela da Nossa Senhora da Rocha, Serra de Arga, quedas de água do Franjode e dos Calderões, moinhos e espigueiros.

Artesanato: Fiação de lã e bordados.

Gastronomia: Sarapatel da serra de Arga, cabrito à serra de Arga e enchidos de porco.

Associativismo: Associação de Danças e Cantares Genuínos da Serra de Arga.

 

 

ASPECTOS GEOGRÁFICOS  DE ARGA DE BAIXO

 

Esta freguesia, localizada em plena Serra de Arga, ocupa um território de 970 ha, distando cerca de 16 km da sede concelhia, a Vila de Caminha. Os três lugares principais da freguesia são: Arga, Castanheira e Barziela. O seu topónimo, Arga de Baixo, não significa que esteja a baixa altitude, muito pelo contrário, justifica-se, pelo facto existir a Freguesia de Arga de Cima, que Lhe estabelece os limites a nascente. A norte esses limites acontecem com a Freguesia de Covas, pertencente ao Concelho de Vila Nova de Cerveira, a sul está a Freguesia de Montaria, pertencente ao Concelho de Viana do Castelo. A Poente está a Freguesia de Arga de São João pertencente ao Concelho de Caminha. O seu território, farto em granitos e xistos, proporciona um admirável aspecto rústico, tão característico destas cercanias, e que são um dos seus aspectos turísticos.

As outras mais valias, em termos de atracção desta freguesia, são: as quedas de água, sendo a dos caldeirões a mais atraente, moinhos, espigueiros, pontes que se perdem na memória dos tempos, a Ponte das Traves é uma das que melhor testemunha o passado histórico da fixação do homem nestas terras. Aliás, esse passado não passa despercebido nesta região montanhosa, e a prova disso encontra-se a poucas centenas de metros desta freguesia, na vizinha Freguesia de Arga de São João. Aí o seu Mosteiro de São João de Arga, que segundo o Padre António Carvalho da Costa (Sec.XIX), foi mandado construir por S. Frutuoso, bispo de Braga, no reinado de Sisebuto, estando acabado no ano de 661, porquanto esta era se achou escrita em uma pedreira da igreja (Coreografia Portuguesa).

São marcas indiscutíveis da importância que o homem, no passado, deu às Argas e onde, portanto, Arga de Baixo, que não tem documentação tão longingua, mas que tem vestígios desse passado, onde o património edificado, legado pelos ancestrais, não deixam dúvidas.

 

 

RESENHA HISTÓRICADE ARGA DE BAIXO

 

A respeito da história desta freguesia, e que agora sim documentado, no livro “Inventário Colectivo dos Arquivos Paroquiais vol. II Norte Arquivos Nacionais/Torre do Tombo” diz textualmente:

«A primeira referência histórica a esta freguesia encontra-se no Censual de D. Frei Baltasar Limpo (1551-1581). Neste documento alude-se a Santa Maria da Ladeira, que atendendo às confrontações indicadas para a sua localização, se pode identificar com Arga de Baixo.

Foi curato da apresentação do abade de Covas, a quem estavam reservados metade de dois prestimónios da Ordem de Cristo.

Em meados do século XVIII já estava construída a igreja paroquial, como atesta a data inscrita num cunhal da igreja e o próprio Inquérito Paroquial de 1758.

A Estatística Paroquial de 1862, contudo, refere-a como sendo da apresentação da Casa do Infantado, tendo passado mais tarde a vigairaria.

Segundo o P. Cardoso, Santa Maria de Arga estava sujeita no foro secular às justiças da Vila de Caminha e no eclesiástico às de Valença.

Nos censos dos anos de 1911 a 1930 tinha anexada a freguesia de Arga de Cima.»

Em Arga de Baixo tal como em outras terras desta região, a agricultura na economia local subsiste até hoje. Contudo, esta é, na sua totalidade, de auto-subsistência e caracterizada pela produção doméstica de vinho, batata, feijão e milho e pela pastorícia.

 

 INFORMAÇÃO SUMÁRIA DE ARGA DE CIMA

 

Padroeiro: Santo Antão.

Habitantes: 73 pessoas (I.N.E. 2011).

Eleitores Inscritos: 85 eleitores em 05-06-2011.

Sectores laborais: Agricultura, pecuária e construção civil.

Tradições festivas: Nossa Senhora do Rosário (1º domingo após 15 de Agosto) e S. Silvestre (31 de Dezembro) e Santo Antão (17 de Janeiro).

Valores Patrimoniais e aspectos turísticos: Igreja paroquial, Capela do Santo do Alto e Serra d’Arga.

Artesanato:Fiação de lã e bordados.

Gastronomia: Cabrito à serra de Arga e sarapatel.

Associativismo: Associação de Danças e Cantares Genuínos da Serra de Arga.

 

ASPECTOS GEOGRÁFICOS DE ARGA DE CIMA

A Freguesia de Arga de Cima estende-se por cerca de 868 hectares e, como o seu topónimo indica, situa-se num dos pontos mais altos da Serra de Arga, a aproximadamente 17 km, da vila de Caminha, a sede do concelho a que pertence, sendo composta pelos lugares de Gandra, Torno, Bouça, Souteiro, Tojal e Lages.

Das principais atracções turísticas da freguesia, a autarquia realça o seu património monumental, composto pela Igreja Paroquial, pela Capela de Santo do Alto (conhecida como do Santo do Chocalho) a qual está associada a várias lendas e histórias da Serra d’Arga, pelo Pontão do Lobo, sobre o Regato da Fraga que é uma referência da Serra, em Arga de Cima, pela sua construção tosca de características impares. Refira-se que não faltam, espigueiros, moinhos, quedas de água e outras construções em xisto e granito que são a marca ancestral do povo das Argas na luta pela sobrevivência. Povo que parece aqui viver desde os tempos megalíticos, porque se entende, pese embora não haver história desses tempos tão remotos, em Arga de Cima, a verdade é que nesta região, em algumas terras vizinhas, existem as provas de que por estas paragens, viveram comunidades humanas milénios antes da nossa era cristã.

 

RESENHA HISTÓRICA DE ARGA DE CIMA

A respeito da história desta  freguesia, no livro “Inventário Colectivo dos Arquivos Paroquiais vol. II Norte Arquivos Nacionais/Torre do Tombo” diz textualmente:

«No censual de D. Frei Baltazar Limpo (1551-1581), refere-se que esta freguesia pertencia, na época, ao mosteiro das freiras beneditinas de Valboa, situado em Campos, Vila Nova de Cerveira.

Nos Inquéritos Paroquiais de 1758, porém, esta igreja é mencionada como às religiosas do convento de Santa Ana, de Viana do Castelo, que tinham o direito da apresentação do vigário. Na verdade, o mosteiro de Valboa, com todos os seus bens, fora ao tempo incorporado neste convento. À abadesa do dito convento pertenciam os dízimos da freguesia, cabendo-lhe, em contrapartida, a obrigação de pagar ao pároco uma côngrua de 12 mil réis.

Segundo o Padre Cardoso, a freguesia esteve sujeita no foro secular às justiças da vila de Caminha e, no eclesiástico, às da vila de Valença.

A freguesia estava anexada administrativamente à vizinha freguesia de Arga de Baixo, até 1904, aquando do alvará de 9 de Dezembro.

Nos censos de 1911 a 1930 tinha anexada a freguesia de Arga de Baixo.»

 

 

Informação Sumária de Arga de São João

 

Padroeiro: S. João Baptista.

Habitantes: 61pessoas (I.N.E. 2011) e 57 eleitores em 05-06-2011.

Eleitores Inscritos: 80 eleitores em 31-12-2003.

Sectores laborais: Agricultura, pecuária.

Tradições festivas: S. João de Arga (28 de Agosto) e Senhora do Rosário e Santo António.

Valores Patrimoniais e aspectos turísticos: Capela de S. João de Arga, Mosteiro de S. João, Cruzeiro dos Clamores e igreja paroquial, Quartel de S. João de Arga, serra de Arga, espigueiros, moinhos e riachos (rio São João) com áreas de lazer, belezas ribeirinhas do rio Coura.

Artesanato: Rendas e bordados “à lavradeira”.

Gastronomia: Cabrito à serra de Arga e sarapatel.

Associativismo: Associação de Danças e Cantares Genuínos da Serra de Arga.

 

ASPECTOS GEOGRÁFICOS DE ARGA DE SÃO JOÃO

 

Ocupando uma área de cerca de 1304 ha, e a cerca de 14 Km da sede do Concelho, Arga de São João estende-se desde o leito do rio Coura até aos mais altos pontos da Serra de Arga, sendo de referir que o seu agregado habitacional desenvolve-se já numa zona bastante elevada, onde a vegetação florestal já não se apresenta em densidades comuns à tipicidade florestal alto minhota.

Tipicidade que, por outro lado também existe nesta freguesia, já que pela sua grande extensão, desfruta das potencialidades próprias da mancha verde dos pinheirais e carvalhais nomeadamente na zona mais aproximada da margem direita do rio Coura. Poucas são as casas nesta terra, até porque pouca é também a sua população, sendo uma das mais pequenas populações do distrito de Viana do Castelo. Porém é uma aldeia muito bem cuidada e que possui encantos impares. Assim é que se observam lindas moradias, desde aquelas recuperadas e conservados de traça mais antiga, até às recentemente construídas habitações de alta qualidade, como que a dizerem – aqui sim há qualidade de vida.

As suas terras estão delimitadas com Arga de Baixo, a nascente. Covas (de Vila Nova de Cerveira) , Vilar de Mouros e o rio Coura , a norte. Montaria ( de Viana do Castelo) a sul e as freguesias de Argela e Dem, a poente. A origem de Arga de S. João está no Mosteiro de S. João Baptista, situado a meia-encosta, entre o alto da Coroa e o rio Coura.

 

RESENHA HISTÓRICA DE ARGA DE SÃO JOÃO

 

Igreja Paroquial, construída nos princípios do séc. XVIII, é formada por dois corpos rectangulares – a nave e a capela-mor ligados por um arco triunfal de meio ponto. Do lado norte, adossada à capela-mor, encontra-se a sacristia.

Por sua vez, a Capela de S. João de Arga, de cunho românico, mas completamente desfigurada no século XIX, mantém como testemunho da sua primitiva traça a cachorrada sobre a cornija.

Simboliza a formação da nacionalidade. Funciona como local de abrigo e protecção das populações cansadas da guerra.

A Capela da Nossa Senhora da Conceição, fica situada a meio do lugar de Santo Aginha, estando praticamente encaixada numa propriedade particular que, outrora, pertenceu à Casa da Torre.

Há, pelo menos duas Alminhas, no lugar de Santo Aginha: umas junto à estrada florestal e outras, no sítio da Presa. Arga de S. João, em meados do século XVIII, era a freguesia com menos população em toda a Serra d’Arga. Com vinte e nove fogos e cento e dezassete pessoas, conseguiu, em meio século, baixar a população, já que nos fins do século XVII, tinha trinta fogos. Nesta época ainda se chamava Santa Maria de Felgueiras, hoje um lugar da freguesia.

Foi durante o séc. XVIII que se construiu a nova igreja, que ainda persiste, entre os lugares de Santo Aginha e Felgueiras.

Porém é uma aldeia muito bem cuidada e que possui encantos impares. Assim é que se observam lindas moradias, desde aquelas recuperadas e conservados de traça mais antiga, até às recentemente construídas habitações de alta qualidade, como que a dizerem – aqui sim há qualidade de vida .

Hoje, a luta persistente do homem com o meio ambiente conseguiu criar espaços verdes e aráveis que, se não dão produtos agrícolas para o mercado, produzem o suficiente para alimentar a população. Milho, centeio batata e vinho, sobretudo americano, são os produtos mais abundantes da freguesia, colhidos nalgumas chãs e socalcos dispersos pelos três lugares – Arga, Felgueiras e Santo Aginha.

Sendo a agricultura a principal ocupação dos habitantes da freguesia, quase todas as casas possuem gado bovino e algumas cabeças de gado ovino e caprino que, geralmente acompanham no pastoreio as vacas. Rebanhos de ovelhas e cabras só há um, em regime de vezeira.

Ainda a respeito da história desta freguesia, no livro “Inventário Colectivo dos Arquivos Paroquiais vol. II Norte Arquivos Nacionais/Torre do Tombo” diz textualmente:

«Esta freguesia remonta as suas origens à data da fundação do Mosteiro de São João de Arga.

Este terá sido fundado, em 661, por São Frutuoso, sofrendo, na Idade Média, obras de restauro levadas a cabo pelos frades beneditinos.

Em 1258, na lista das igrejas situadas no território de Entre Lima e Minho, elaborada por ocasião das Inquirições desse ano, São João de Arga é citada como uma das igrejas pertencentes ao bispado de Tui.

O rei não detinha o seu padroado, pagando o mosteiro pelo São Miguel, um tributo de 15 dinheiros para a coroa. Pertencia nesta época ao julgado de Cerveira.

Em 1599, D. Manuel doou o padroado deste mosteiro ao marquês de Vila Real, tendo posteriormente, a partir de 1641, passado para a Casa do Infantado, que o conservou até 1834.

Segundo o P. Cardoso, Arga de São João sujeitava-se no secular às justiças da vila de Caminha e no eclesiástico às de Valença.»

 

Inventário do Património Arquitectónico

Em http://www.monumentos.pt

Informações detalhadas acerca de:

► Santuário de São João de Arga

 

 

( Fontes consultadas: Caminha e seu Concelho, Inventário Colectivo dos Arquivos Paroquiais vol. II Norte Arquivos Nacionais/Torre do Tombo e Freguesias Autarcas do Século XXI , http://www.monumentos.pt )

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